sexta-feira, janeiro 30, 2009
Jesus no Gol
A idéia desse blog é publicar apenas coisas da minha autoria, mas quando não for possível resistir, como no caso dessa foto de Antônio Gaudério, jornalista gaúcho, vou abrir uma excessão.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
LETRA DE MÚSICA
Mas como dorme essa menina
Soninho bom é depois da hora
A cama é quente, grande a preguiça
Hoje tão cedo ela não acorda
E já é tarde é depois da hora
Hoje tão cedo ela não acorda
2x
Será que ela esqueceu do mundo
Será que o mundo esqueceu-se dela
Será que o sono dela é profundo
Ou boia leve qual barco a vela
Eu quero estar com ela
Eu quero estar com ela
2x
O quarto escuro é um paraíso
A cama branca terra de alá
Meu Deus, meu Deus o que eu quero é isso
Dá um espacinho chega pra lá
E já é tarde é depois da hora
Hoje tão cedo ela não acorda
2x
Eu quero estar com ela
Eu quero estar com ela
2x
* inacabada
terça-feira, janeiro 27, 2009
MULHER BONITA
para a goiabinha
Eu busco na mulher bonita
o que nela me encante
que noutra mulher
me encantaria
Eu busco na mulher bonita
alguma outra beleza
que ainda resista
escondida
Eu busco na mulher bonita
algum defeito que seja
que só beleza
intimida
27/01/2009
segunda-feira, janeiro 26, 2009
SONETO ESPALMADO
A palma esquerda no papel em branco
Olhar atento na mão desenhando
A palma esquerda ao cérebro obedece
E versos com palavras a mão tece
A palma esquerda muito há rabiscado
E quer mostrar aos olhos o que há feito
Mas não a esses que a hão acompanhado
Pois quer que a aprecie o mundo inteiro
A mão do demo, sinistra e canhota
Quer pôr o que escreveu a toda a prova
A palma que em versos conta causos
Que ritimiza o que sente o poeta
E ao escrever se esforça como atleta
Sonha das outras palmas com os aplausos.
SONETO EXPOSITIVO DAS COISAS
Que coisa são as coisas, mas que coisas
Que coisa, como as coisas, coisas são
As coisas fossem coisas ou só coisas
Seriam coisas coisas, coisas não
As coisas coisas são de todo tipo
Mais coisa, menos coisa, coisa então
Tem coisa que é balela, coisa mito
E coisa que é das coisas salvação
E coisa que é o raso e é o fundo
Um pouco além da coisa se extendeu
Ganhou um verbo próprio um verbo seu
Coisá-lo é um esforço vagabundo
Eu coiso, coisas tu e todo mundo
Aquele que não coisa se coiseu
DANI (se)
Dani tocou-me fundo
Ela depois chutou-me
Que coisa
Se penso nela
Dani enfim cansou-me
* a preocupação nesse poema foi brincar com a frase em negrito que era o que me passava na cabeça quando me perguntavam: "E a Dani?" com quem eu acabara de terminar.
A COISA PRETENDIDA
A coisa pretendida
É a que se olha
De baixo para cima
Inteiro a ela
O braço se estica
A coisa pretendida
Não querer pensá-la
Em pensá-la implica
Se outro a tem
É coisa bandida
A coisa pretendida
Vira em desafio
Novo que anima
Faz em vida nova
O tédio da antiga
A coisa pretendida
Não é coisa comum
É coisa distinta
É da qual se sofre
Se coisa proibida
A coisa pretendida
Tem o seu avesso
Naquilo que se evita
Tem o seu oposto
No que se abomina
A coisa pretendida
Imã doutro imã
Afasta aproxima
Não possui razão
Anda a revelia
A coisa pretendida
Deixa de sê-lo
Quando possuida
Deixa de sê-lo
Quando esquecida
Eu e você somos loucos
Nossas loucuras são várias
Somos loucos por razões
Tão iguais e tão contrárias
Nossas loucuras se juntam
Onde formamos um só
E esse um é que é louco
Por juntarmos como um nó
Nossa loucura nos ata
Na mais forte amarração
De sonhar o impossível
De querer e privação
Eu e você somos loucos
E essa loucura nos basta
Loucos um pelo outro
Louca loucura vasta.
Nossas loucuras são várias
Somos loucos por razões
Tão iguais e tão contrárias
Nossas loucuras se juntam
Onde formamos um só
E esse um é que é louco
Por juntarmos como um nó
Nossa loucura nos ata
Na mais forte amarração
De sonhar o impossível
De querer e privação
Eu e você somos loucos
E essa loucura nos basta
Loucos um pelo outro
Louca loucura vasta.
DOCE
Não faz doce minha querida
Queres tanto quanto eu quero
Queres beijos teus de língua
Beijos meus é o que tu queres
Quero beijos teus de língua
Mais ação menos conversa
Não faz doce minha querida
Digo sei e sei que queres
Sei, não sabes como posso
Mas garanto se quiseres
Teus sinais são que me dizem
Nossos beijos, quero e queres.
05/05/2001
AMIZADE COLORIDA
Ouvi sempre comentar
De uma amizade distinta
Que se passava bem digo
Entre menina e menino
Comentada com malícia
Sempre achei-a divertida
Provei e tornei-me adepto
Da amizade colorida.
introdução: Na cadeira de Direito da faculdade de adminstração, isso era na segunda ou na terceira fase, o professor pediu aos alunos um trabalho com o seguinte tema: " A importância do direito para o administrador" a ser entregue dali a 3 semanas. Fui lembrar de fazê-lo na noite da véspera, num horário depois do qual eu fico burro e não consigo me concentrar em nada que não seja prazeroso e como é de se imaginar, um trabalho de faculdade não o é. Procurei nos meus livros e pesquisei na internet mas não encontrei nada que servisse então fiz o trabalho assim:
A IMPORTÂNCIA DO DIREITO PARA O ADMINISTRADOR
"Ao administrador, mais do que peito e jeito, que faça direito - ou de nada valerá o empreito" Anlui Bergon - filósofo, dramaturgo e pensador político francês.
Citando Anlui Bergon e observando em sua máxima o trocadilho com a palavra "direito", discorri por 4 parágrafos sobre a importância dessa ciência combinada com a ciência de administrar e que ambas não poderiam caminhar separadamente.
Pela manhã emtreguei o trabalho com apenas uma página, enquanto os meus colegas entregavam trabalhos entre 10 e 30 páginas, ora encadernados, ora não, mas sempre muito bem apresentados.
Na semana seguinte vieram as notas. A menina que fez o maior trabalho, 31 páginas, tirou um 9. A segunda nota mais alta foi a minha, um 8 e todas as demais foram de 7 pra baixo.
O que o professor não sabia e nunca ficou sabendo é que Anlui Bergon não existe. São dois nomes formados pela primeira sílaba de cada um dos meus 4 nomes, Antonio Luiz Berthier Gonzaga e que a frase era minha e não dele, inventada na ocasião para tornar a tarefa mais divertida, "perigosa" epra gerar o conteúdo do trabalho.
A IMPORTÂNCIA DO DIREITO PARA O ADMINISTRADOR
"Ao administrador, mais do que peito e jeito, que faça direito - ou de nada valerá o empreito" Anlui Bergon - filósofo, dramaturgo e pensador político francês.
Citando Anlui Bergon e observando em sua máxima o trocadilho com a palavra "direito", discorri por 4 parágrafos sobre a importância dessa ciência combinada com a ciência de administrar e que ambas não poderiam caminhar separadamente.
Pela manhã emtreguei o trabalho com apenas uma página, enquanto os meus colegas entregavam trabalhos entre 10 e 30 páginas, ora encadernados, ora não, mas sempre muito bem apresentados.
Na semana seguinte vieram as notas. A menina que fez o maior trabalho, 31 páginas, tirou um 9. A segunda nota mais alta foi a minha, um 8 e todas as demais foram de 7 pra baixo.
O que o professor não sabia e nunca ficou sabendo é que Anlui Bergon não existe. São dois nomes formados pela primeira sílaba de cada um dos meus 4 nomes, Antonio Luiz Berthier Gonzaga e que a frase era minha e não dele, inventada na ocasião para tornar a tarefa mais divertida, "perigosa" epra gerar o conteúdo do trabalho.
SALA DE AULA
Sala de aula é um castigo ingrato
Um sofrer que parece eterno
Onde o aluno assina um contrato
Pra dormir e babar no caderno.
20/11/2001
IMPULSO
O nosso impulso do dia
Da noite em que nos beijamos
Sinto-o mais do que impulso
Já no meu corpo pulsando
O seu impulso da noite
Do dia em que nos beijamos
Cortou-lhe o pulso a razão
E já não pulsa mais tanto
O meu impulso, lamento
Não foi impulso, reclamo
E o seu efêmero impulso
Tocou meu pulso cortando.
24/09/01
TRAPOS E FARRAPOS
No amor eu tiro a roupa
E me visto do seu corpo.
Vestido de você
Brinco como criança
Castigo a roupa que visto
O seu corpo desanda
E geme em pedaços
Eu em farrapos me dispo
E pra descançar meus restos
Deito abraçado aos seus trapos
Somos trapos e farrapos
Um veste o corpo do outro
As roupas ficam delado
13/02/2001
BEIJO BEIJO
Beijo beijo
Cada boca
Tem seu beijo
Cada beijo
Tem seu jeito
Beijo beijo
Que bom
É beijar a boca
Da boca
Que beija o beijo
Beijo beijo
Beijo a torto
E a direito
Mas não beijo
Qualquer beijo
Beijo beijo
30/10/2001
Era uma rosa
Banhava-se na chuva
Despia-se ao vento
E ria-se dos bichos
Afinal eram engraçados
Não os temia.
Morava plantada num chão verde
E apesar de curiosa nunca viajara
Conhecia o mundo de ouvir falar.
Sempre fugia-lhe um filho
Da sua vasta prole de pólens e sementes
Era boa mãe mas fugiam-lhe os filhos
Queriam florir os campos
Mas o colo de sua mãe
Era deles a prisão.
Tudo no ciclo imutável da rosa
De aurora e crepúsculos ia bem
Até que disfarçado le surge o trágico
Era um rapaz apaixonado.
Fitou-a e com o polegar em pinça
Arrancou-a da terra.
A rosa ao contrário do que pensam
Estava satisfeita. Afinal,
O que há de mal em ser colhida da terra
Para ser posta em água
No vaso da casa, da amada de um apaixonado?
O trágico fora que a rosa se enganara
O rapaz incerto do amor da amada
Arrancou uma por uma suas pétalas
Amputando-a por nada.
Mal me quer
Morte da rosa
Descrença do rapaz apaixonado.
BAILARINA
Como dança a bailarina
Do ballet contemporâneo
Entende quem quer que assista
Do estrangeiro ao conterrâneo
Bem não sabes bailarina
Aos outros o bem que fazer
Avivas tanta alegria
E o suspiro dos rapazes
De nariz torcido ficam
Um pouco as outras moças
Mas tão logo danças lindo
Seus reclamos perdem as forças
Que sorriso bailarina
Que desperta da tua boca
Quando nada o justifica
Pela dor que sente o corpo
Mas não o sorris fingido
Bem o sei porque és feliz
Dançando como sonhado
Porque dançar sempre quis
Bailarinas de outros tempos
Eram pálidas e esguias
Como tudo que melhora
Transformou-se a bailarina
Já não são como eram antes
Um retrato do que é frágil
Muito mais que delicada
Também hoje é forte e ágil
Bailarina que constante
Que abençoa a sua vida
Não conheço bailarina
Que mulher não fosse linda.
02/02/2001
DEUS
Criou Deus o invento perfeito
Mas perfeito o invento
O invento criou.
O homem havia criado Deus
Colocando Deus como criador.
Mas perfeito o invento
O invento criou.
O homem havia criado Deus
Colocando Deus como criador.
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